A jovem de 24 anos, que sofreu assédio na noite de sábado (14) no ônibus da linha Eloy Chaves – Residencial Jundiaí, falou para o “Jornal da Região” como tudo ocorreu, no caso em que o motorista Lourival Messias da Silva matou o passageiro Gustavo Bezerra Pratis, de 36.
A moça contou que estava sentada no banco da frente e não tinha passado a roleta. Estava junto com a irmã, de 12 anos, quando Gustavo subiu na Rodovia Vice-Prefeito Hermenegildo Tonoli e passou a assedia-la. Ele chegou até a tirar dinheiro do bolso e ficou mandando ela ficar do lado dele.
A situação estava “insuportável”. Ele ficou em pé ao lado dela e ficou mexendo com a jovem. Ela respondeu que não queria falar com ele, ainda mais por ser estranho.
O motorista, durante todo o percurso ficou ouvindo os assédios, sendo que aconselhou a jovem a passar a catraca. Gustavo ficou irritado com o motorista e chutou a “tampa do motor”.
A jovem conta que sua irmã, de 12 anos, ficou com muito medo e elas pediram ajuda ao motorista. “Ele foi um herói, porque nos salvou”, comentou.
Em determinado trecho da viagem Gustavo mexeu novamente com as duas jovens. O motorista parou o ônibus e foi tirar satisfação, segundo relato da garota.
A mais jovem não parava de chorar. Foi quando Gustavo gritou e disse que “ninguém ia para trás”.
O motorista tentou ajudar as duas jovens, e Gustavo deu um soco no olho do motorista Lourival.
A jovem contou que o motorista pegou a arma na bolsa e deu “apenas um tiro”, porque Gustavo foi para cima dele.
“Foi quando ele (Gustavo) caiu no meu pé e eu peguei minha irmã e saímos pedindo socorro. Essa é a verdade da história”, comentou ao “Jornal da Região”.
“O motorista foi nosso herói”, enfatizou a jovem, lembrando que sua irmã está traumatizada depois do que ocorreu.
O motorista foi ouvido na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jundiaí e vai aguardar julgamento pela Justiça.