A Prefeitura de Itupeva, em parceria com a empresa Oxitec do Brasil, inicia um projeto contra o mosquito Aedes aegypti, utilizando a 2ª Geração do Aedes do Bem. Após a recente implantação bem-sucedida em Indaiatuba, este projeto chega no município itupevense em julho deste ano.
“O objetivo é que a liberação dos mosquitos machos do Aedes do Bem, que não picam, controle a população do Aedes aegypti selvagens, o mosquito transmissor da dengue e Zika. Esta é mais uma ferramenta para combater essas doenças”, comentou Lúcia Checchinato, secretária de Saúde.
Após receber a aprovação completa da CTNBio, autoridade nacional que regula a biossegurança de novos produtos, o projeto Aedes do Bem será realizado em dez bairros do perímetro urbano da cidade de Itupeva. As liberações do Aedes do Bem serão realizadas em oito bairros, enquanto duas áreas serão selecionadas como comparadores.
O teste será realizado no Jardim das Minas, Portal Santa Fé, Terra Brasilis, Jardim São Vicente, Residencial Pacaembu, Vila São João, Laranjeiras e Residencial Santo Antônio.
Entenda o passo a passo
Nos próximos dias, será dado o primeiro passo para o início do projeto. Uma reunião com a Unidade de Vigilância de Zoonoses de Itupeva, juntamente com os agentes de saúde e coordenadores da região de cada bairro, vai servir para fornecer detalhes do projeto e abordar quaisquer questões ou preocupações existentes.
“Nossos agentes comunitários de saúde precisam entender o funcionamento desse projeto. Além deles, é importante que os líderes de bairros também estejam inteirados no assunto, que com certeza irá beneficiar nosso município”, disse Gilmara Breda, gerente da UVZ.
Depois, na primeira semana de julho de 2019, a Oxitec começará a monitorar os mosquitos selvagens nas áreas selecionadas, usando armadilhas para captura de ovos de mosquitos, conhecidas como ovitrampas. Esta informação permitirá que a equipe tenha conhecimento sobre o tamanho da população de Aedes aegypti selvagem em cada área de tratamento e a presença de outras espécies de mosquito.
Posteriormente serão feitos estudos e em setembro de 2019 os mosquitos Aedes do Bem serão liberados em locais fixos dentro da área de estudo e continuarão sendo monitorados extensivamente. Os estudos durarão até maio de 2020 e serão acompanhados por monitoramento pós liberação, para medir a presença de mosquito Aedes do Bem por um período de tempo, até que eles não estejam mais no Meio Ambiente.