teste do pezinho

GERAL

Médico destaca a importância do Teste do Pezinho

O mês de junho é conhecido como um período de alerta aos pais para a conscientização da importância do Teste do Pezinho para a saúde dos bebês. A Triagem Neonatal Biológica (TNB) é um exame para rastreamento de algumas doenças que deve ser realizado em todo recém-nascido, do terceiro ao quinto dia de vida, preferencialmente, e serve para prevenir sequelas, inclusive intelectuais e até óbito, se não tratadas adequadamente a tempo.

O Teste sofreu uma alteração em maio de 2021 com a Lei nº 14.154, que amplia o rastreamento de doenças no recém-nascido que deverá ser disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde, no âmbito do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), na forma da regulamentação elaborada pelo Ministério da Saúde.

De acordo com o neonatologista e coordenador da ITI Neonatal do Hospital Universitário de Jundiaí, Dr. Fábio Holanda do Nascimento, a triagem neonatal, nome técnico do teste do pezinho, deve ser realizada preferencialmente depois de 48 horas de vida do bebê, uma vez que diversas doenças não apresentam sintomas no nascimento. “Se não forem diagnosticadas e tratadas precocemente, podem causar sérias complicações à saúde do recém-nascido. Anteriormente, o exame conseguia detectar apenas as doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, anemia falciforme, hiperplasia adrenal congênita e deficiência biotinidase. Com a ampliação, doenças como toxoplasmose, galactosemias e outras passaram a fazer parte da triagem de até 50 patologias no mesmo bebê, conforme a testagem realizada e a necessidade”.

Dr. Fábio explica como é feito o exame. “Normalmente, o sangue do calcanhar do recém-nascido é coletado no momento da alta da maternidade e inserido em um papel de filtro que é armazenado e encaminhado para o laboratório, onde será processado. A triagem é feita no calcanhar por ser uma região bem vascularizada, propiciando a obtenção da amostra de sangue adequada”.

Caso o teste apresente resultado positivo para alguma das seis doenças, o Sistema Único de Saúde (SUS) garante o tratamento e suporte necessários durante toda a vida da pessoa.

JUNDIAÍ

Junho lilás alerta para o teste do pezinho

O Junho Lilás é uma campanha que pretende dar visibilidade ao teste do pezinho. O governo federal mediante a comemoração do Dia Nacional do Teste do Pezinho (6/6) aprovou uma lei que amplia o número de doenças que podem ser detectadas pelo exame realizado no Sistema Único de Saúde (SUS). O exame, que atualmente diagnostica apenas seis condições, passará a flagrar 53, todas raras, assim que o decreto entrar em vigor.

Com apenas algumas gotas de sangue dos recém-nascidos é possível diagnosticar precocemente as doenças congênitas ou hereditárias como: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme (hemoglobinopatias), fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita (HAC) e deficiência de biotinidase.

O pediatra, neonatologista e coordenador na Uti Neonatal do Hospital Universitário de Jundiaí, Dr Fábio Holanda do Nascimento, esclarece sobre a importância de se fazer o teste do pezinho. Ele diz que as doenças identificadas no exame podem ser fatais, ou podem levar a sequelas graves na primeira infância. “Algumas doenças o tratamento já inicia com medicação como hipotireoidismo congênito. Outras é preciso complementar a investigação com outros exames. Mas ele já da um sinal de partida e alerta para se procurar o especialista”.

O exame é realizado depois de 48 horas de vida do bebê. “É obrigatório em todas as maternidades. O exame consiste na retirada de gotas de sangue do calcanhar do bebê. Por ser uma parte do corpo rica em vasos sanguíneos, o material pode ser colhido através de uma única punção, rápida e quase indolorexame”, ressalta dr. Fábio

Caso o teste apresente resultado positivo para alguma das seis doenças, o Sistema Único de Saúde (SUS) garante o tratamento e suporte necessários durante toda a vida da pessoa.

Uma das doenças detectada é o Hipotireoidismo congênito. Causada pela ausência ou pela reduzida produção do hormônio da tireóide, hormônio importante para o amadurecimento e funcionamento de vários órgãos, em especial o Sistema Nervoso Central. A falta do hormônio provoca retardo neuropsicomotor acompanhado de lesões neurológicas irreversíveis, além de outras alterações corporais. O diagnóstico e o tratamento precoce podem prevenir o retardo mental nas crianças que apresentam esta doença.

Outra bastante relevante é a Fibrose cística que é uma desordem genética caracterizada por infecções crônicas das vias aéreas, que afeta especialmente os pulmões e o pâncreas, num processo obstrutivo causado pelo aumento da viscosidade do muco. O tratamento do paciente com fibrose cística consiste em acompanhamento médico regular, suporte dietético, utilização de enzimas pancreáticas, suplementação vitamínica (vitaminas A, D, E, K) e fisioterapia respiratória. Apresenta morbimortalidade muito elevada, com apenas 34% dos pacientes chegando à idade adulta e menos de 10% ultrapassando os 30 anos de idade.

A nova lei para o exame ampliado entra em vigor daqui a um ano, tempo necessário para que os centros que fazem o atual diagnóstico do teste do pezinho possam se capacitar e adaptar do ponto de vista técnico, para sair de seis doenças para um grupo de 53 enfermidades.

GERAL

Teste do Pezinho deverá ampliar número de detecção de doenças

O deputado e presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa das APAES e Pestalozzis, Marcio Alvino apresentou na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei (PL) 5176/2020, para a alteração da Lei nº 8.069, de 1990, que dispõe sobre a ampliação do Programa Nacional de Triagem Neonatal no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e da rede privada de saúde.

Essa é uma reivindicação também compartilhada pelo movimento apaeano do estado São Paulo. A presidente da FEAPAES-SP, Cristiany de Castro, destaca a importância do PL e de sua aprovação. “A ampliação desse teste é fundamental para a saúde da criança, pois são capazes de diagnosticar uma gama extensa de doenças que, se detectadas antecipadamente, tem mais possibilidade de tratamento”, fala.

Atualmente o exame realizado nos recém-nascidos detecta apenas seis doenças, o objetivo do PL é ampliar esse número. O Instituto Vidas Raras é autor de uma petição online que convida os cidadãos interessados a assiná-la para solicitar ao Congresso Nacional que institua a realização dos exames do teste do pezinho ampliado como obrigatórios no âmbito do Sistema Único de Saúde e da rede privada.