Clientes do Buffet do Alemão podem ser processados
Mais de 50 pessoas procuraram o 3º Distrito Policial de Jundiaí para prestar queixa contra o Buffet do Alemão, que fechou as portas no bairro da Ponte São João.
De acordo com o delegado Antônio Dota Júnior, responsável pela delegacia, a Polícia Civil vai apurar o crime de estelionato. Porém, os clientes devem ir na Justiça para garantir os seus direitos, como penhora de possíveis bens para pagamentos dos prejuízos e se preservarem.
Mesmo com processo na Justiça, alguns podem ser processados por empresas (terceiras) que receberam os cheques (pré-datados) passados ao buffet pela prestação de serviços ao comerciante José Roberto Castellani, de 51 anos, que está em lugar incerto.
Um comerciante ouvido pelo “Jornal da Região” é um deles. “Eu tenho 10 cheques nas minhas mãos”, comentou.Ele conhece outro “fornecedor” que tem mais “uma porção”.
O delegado Dota disse à Imprensa que por serem cheques futuros eles podem ser cobrados uma hora.
As pessoas que não foram incluídas no boletim de ocorrência que apura o estelionato, é porque o contrato de execução dos serviços ainda está vigente. Mas elas podem sustar os cheques nos bancos.
A Polícia Civil vai atuar na área criminal.
Cabe às vítimas constituírem advogado de confiança para ir atrás de seus direitos. É o mesmo caso da JG Móveis Planejados, que fechou as portas na Agapeama deixando 30 vítimas.
O delegado Marco Antônio Ferreira Lopes, do 4º Distrito Policial e da Delegacia Seccional de Polícia Civil instaurou inquérito e procura o casal responsável para que responda pelo crime de estelionato. Já as vítimas precisam ir na Justiça para entrar com processo contra os responsáveis. “Se alguém souber onde estão os donos podem avisar pelo 181”, disse o delegado.
O site do buffet do Alemão de Jundiaí foi retirado da Internet. Mas alguns clientes receberam e-mail informando que a empresa encerrou as atividades após duas décadas de atuação no mercado, sem dar maiores esclarecimentos.