O carro 13 está de volta às ruas de Jundiaí
A novidade chegou direto dos Estados Unidos. Em 1950, um veículo furgão de cor preta, marca Chevrolet, conhecido no Brasil como boca de sapo, foi prefixado com o número 13 para a Guarda Municipal de Jundiaí. Tinha início a lenda deste carro, que oficialmente foi a primeira viatura exclusiva para o trabalho policial de Jundiaí e região. Transformado em carro de preso, foi também utilizado como ambulância em diversas ocasiões. Nas décadas de 50 e 60, o carro 13 era sinônimo de lei e ordem em Jundiaí.
A 13 virou mito entre a população jundiaiense. Na época, não se dizia: “chama a polícia”, mas, sim, “chama o 13”
Porém, na metade da década de 60, o já velho e bastante desgastado Chevrolet foi leiloado, indo rodar por mais alguns anos como entregador de pão e leite.
Após este período, nunca mais se teve notícias do lendário veículo, provavelmente sucateado.
Em 2001, o Coronel Benevides, comandante da GM, restaurou um Chevrolet furgão ano 51 boca de sapo idêntico ao original, inclusive na cor, nas inscrições e no famoso nº 13.
Com o objetivo de trazer um pouco da história do carro 13 a atualidade, o furgão foi exposto na época aos jundiaienses que contou com diversas histórias, inclusive de pessoas que chegaram a ver a viatura nas ruas e de mães que tiveram seus filhos dentro da viatura. “São histórias riquíssimas de pessoas que vivenciaram essa época”, conta o Inspetor Cláudio Ferigato.
Ainda de acordo como Inspetor Claudio Ferigato, a viatura foi restaurada por um funcionário do Centro de Serviço da Prefeitura de Jundiaí, Marcos Mamede com a sua equipe. Segundo Ferigato, o veículo estará em breve em exposição nos bairros de Jundiaí. A idéia segundo a GM é colocar o “13” em exposição no mês de aniversário da Guarda Municipal no mês de novembro.
No último dia 7 de setembro, no desfile da pátria na Av Prefeito Luís Latorre, a viatura 13 desfilou mostrando toda sua história, fazendo com que os nostálgicos sentissem saudades dos tempos áureos de patrulhamento. Ela foi guiada pelo restaurador Marcos Mamede.
por Luciano Guerino