Picadas de abelha são tratamentos alternativos
Bárbara Leão
Você já ouviu falar em cura através de picadas de abelhas? Esse procedimento chama-se apipuntura, em que a toxina liberada na picada é utilizada em microdoses de apenas um segundo. Ela entra na corrente sanguínea e trabalha com a célula plasmática. Isso faz com que uma célula que seja autoimune se torne imune e, assim, proporcione a melhora do paciente.
Esta prática é considerada medicina alternativa e acredita-se que a toxina produzida pelas abelhas reais é mais potente do que o tradicional anti-inflamatório hidrocortisona, com potencial de analgesia 100 vezes maior.
Para quem quer arriscar, a apipuntura é indicada para uma infinidade de doenças, como: artrite, artroses, asma alérgica e brônquio, bursites, bruxismo, cotovelo de tenista, diabetes, depressão leve e moderada, esclerose múltipla, dores de cabeça, quistos: ovário, útero e mama, lombalgia, insônia, sinusites, incontinência urinária, inflamação do nervo ciático, tendinite, distrofia muscular e outros.
A partir dos dois anos, qualquer pessoa pode ser submetida ao tratamento, segundo os apiterapeutas. E aqueles que pensam que a picada dói, podem ficar despreocupados, pois a área a receber a aplicação é anestesiada com gelo.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) informou que a apiterapia não tem o seu uso reconhecido por não estar embasada em evidências científicas. A prática faz parte das denominadas terapias alternativas e holísticas, envolvendo o corpo, a mente e a alma. De acordo com o órgão, os resultados de cura ou de melhora são apenas testemunhais, em que a as pessoas relatam a sua percepção subjetiva.