O delegado de Itupeva, Adalberto Ceolin, avisa que as pessoas que compraram atestado médico e histórico escolar, falsificados por um morador do Jardim Santa Gertrudes, em Jundiaí, podem ser processadas por crime, também. O caso foi descoberto pela delegacia depois que uma empresa suspeitou do atestado entregue por uma funcionária e procurou o médico para confirmar a procedência do documento. Além de perder o emprego por justa causa, quem fez esse procedimento pode responder na Justiça por uso de documento falso.
Policiais da Delegacia de Itupeva apuravam os crimes de uso de documento falso e falsificação de documento público, tendo a autora G. S. L. de M.. Ela apresentou um atestado médico falso na empresa em que trabalhava. Durante o interrogatório, a mesma confessou ter comprado o atestado de um indivíduo na cidade de Jundiaí.
Os policiais realizaram contato com tal individuo, simulando a necessidade de um atestado médico, combinando então a entrega do atestado falso. Ele informou que a entrega ocorreria defronte ao terminal ferroviário localizado na Avenida União dos Ferroviários, no bairro da Vila Arens, sendo que o documento seria elaborado no nome fictício de Luiz Carlos de Oliveira.
No local marcado, os policiais realizaram diligências sendo que um homem se aproximou e apresentou o atestado ora combinado, momento que recebeu voz de prisão.
O falsário foi identificado como Ivan da Costa Silva, tendo então sido inquirido sobre as falsificações, vindo a confessar que falsificava diversos documentos em sua residência, sendo que tais papeis eram completamente elaborados em seu computador pessoal, onde, por meio de montagem de arquivos previamente salvos(carimbos, atestados, carteira do Coren, carteirinha estudantil, Histórico escolar, dentre outros). Ele lançava em um único documento as informações dos supostos compradores vendendo aos mesmos.
Sobre os atestados disse que cobrava por dia, sendo que cada dia de falta no serviço custava R$ 30,00. Para os policiais fez desconto no valor de R$ 60,00, ao invés de R$ 90,00.
Diante da confissão e da situação flagrancial, os policiais foram até a residência de Ivan, situada na Avenida Leonice Gualda Nunes, no bairro Santa Gertrudes e localizaram o notebook utilizado por Ivan, um pen drive no qual continha os arquivos utilizados para as falsificações, um histórico escolar, uma carteirinha estudantil da Faculdade São Judas, um esboço em branco da carteira do Coren, além de três atestados médicos, ambos da Prefeitura Municipal de Jundiaí, além de um atestado do Hospital São Vicente.
Os Policiais então cientificaram das diligencias e da prisão ao delegado Adalberto Ceolin, que determinou a condução do mesmo para a Cadeia de Campo Limpo Paulista.
No computador do preso há cópias das falsificações. Se alguma empresa suspeita de documento entregue por funcionário pode procurar a Delegacia de Itupeva.