JUNDIAÍ

Educadores encerram ciclo de formação com apresentação de música e dança

Música, dança, alegria e emoção marcaram o encerramento, nesta terça-feira (3), do curso intitulado “Trajetória do africano no espaço geográfico brasileiro”, promovido pelo Departamento de Formação da Unidade de Gestão de Educação (UGE). O fechamento ocorreu no Complexo Fepasa.

Ao todo, foram quatro encontros com cerca de 300 educadores da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, os quais abordaram pontos como a linguagem, a contribuição tecnológica e a cultura afrobrasileira. “É uma atividade que vem ao encontro da Lei 10.639/2003, que versa sobre o ensino da história e cultura afrobrasileira e africana, mas que teve um viés diferente, ao deixar de lado o que foi negativo e enfatizar o que foi positivo para áreas como a indústria, o comércio e a cultura. É um conhecimento que permitirá com que o educador desenvolva um trabalho diferente, valorizando e mostrando a influência dos africanos”, explicou a diretora do departamento, Noeli Caldeira Martho.

Além da parte teórica, os educadores aprenderam a tocar instrumentos, a dançar e a cantar músicas tradicionais. Durante o encerramento, eles saíram da plateia e encantaram com uma apresentação. “Já percorremos inúmeras cidades de Estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Santa Catarina, mostrando a contribuição dos negros dentro de sua trajetória, não falando de escravidão e não trabalhando com religião, e sim com a cultura afrobrasileira. É um trabalho que possibilita o empoderamento e a compreensão de uma etnia”, acrescentou o responsável pelo conteúdo programático da formação, Natanael dos Santos, professor, escritor e um dos fundadores do Núcleo de Estudos da Cultura Afrobrasileira da Universidade de Campinas (Unicamp).

Reflexos
Para a coordenadora da Emeb Carla Andressa Sinigália, Daniela Cristina de Oliveira, os encontros foram significativos e refletirão no trabalho em sala de aula. “Vimos que personalidades africanas foram fundamentais para o que temos hoje, em termos de ritmo, sonoridade, dança e trabalho sistematizado, por exemplo. Ao ter mais conhecimento, conseguiremos passar informações importantes, ofertar formação de verdade aos nossos alunos, valorizar a autoestima e mostrar a importância de respeitar a diversidade”, frisou, enquanto se preparava para se apresentar tocando, pela primeira vez, percussão.

Para complementar o trabalho, a UGE também encaminhará novos materiais sobre o tema para as unidades escolares.