CIDADES

33 mil residências ficaram sem energia por causa das pipas

CPFL Piratininga, distribuidora da CPFL Energia que atende 1,7 milhão de clientes em 27 municípios no litoral e interior paulista, contabilizou 33,6 mil clientes sem energia por conta de interrupções provocadas por pipas entre janeiro e julho de 2018 na região de Jundiaí. O número é 13% maior em relação ao mesmo período de 2017, quando 29,7 mil consumidores tiveram o fornecimento interrompido por conta das pipas.

Dados apurados pela área operacional da CPFL Piratininga mostram que, entre janeiro e julho deste ano, foram registradas 182 ocorrências por conta das pipas em Jundiaí, Várzea Paulista, Campo Limpo Paulista, Itupeva e Vinhedo. Em média, cada interrupção deixou 185 clientes sem energia por 1h58.

Os dados de 2018 mostram uma queda de 18% na quantidade de ocorrências em relação ao mesmo período de 2017, quando foram registradas 222 interrupções por conta do brinquedo. Já a duração das interrupções diminuiu 23,8% no período, uma vez que, em 2017, os clientes ficaram sem luz, na média, por 2h07. Por sua vez, a quantidade média de clientes interrompidos por ocorrência cresceu 38% no mesmo período de comparação, passando de 134 para os 185 consumidores mencionados anteriormente.

As estatísticas mostram que Várzea Paulista lidera o ranking de ocorrências na região, com 68 interrupções entre janeiro e julho de 2018. Itupeva, por sua vez, lidera o ranking de duração média das interrupções com 2h24. Somadas todas as ocorrências, o uso de pipa provocou 358 horas acumuladas de falta de energia em 2018.

A interrupção do fornecimento de energia por conta das pipas pode ocorrer por diversas formas. Além do risco de rompimento dos cabos, as linhas que ficam enroscadas nas redes elétricas provocam desgastes nos fios, podendo levar a curtos-circuitos e derretimento. Em 2017, a companhia investiu R$ 5 milhões em melhoramentos e reforço da rede elétrica de Jundiaí, Várzea Paulista, Campo Limpo Paulista, Itupeva e Vinhedo, contribuindo para minimizar o impacto das pipas. Para detalhes sobre o efeito das pipas no fornecimento de energia, ver tabela abaixo:

Cidades

Período de Janeiro – Julho

Quantidade de Ocorrências

Clientes Afetados

Duração Média

Duração Total

Várzea Paulista

2017

80

9.428

2h10

174 horas

2018

68

5.726

1h57

133 horas

Jundiaí

2017

75

9.538

1h54

143 horas

2018

63

7.861

1h59

125 horas

Campo Limpo Paulista

2017

49

3.962

2h21

115 horas

2018

41

12.091

1h56

79 horas

Vinhedo

2017

7

1.013

2h45

19 horas

2018

6

7.114

1h36

10 horas

Itupeva

2017

11

5.826

1h28

16 horas

2018

4

861

2h24

10 horas

Total

2017

222

29.767

2h07

470 horas

2018

182

33.653

1h58

358 horas

Risco à vida da população

 

Os meses de janeiro e julho, período de férias escolares, registram historicamente aumento significativo de ocorrências com pipas na área de concessão da CPFL Piratininga, conforme a tabela abaixo. Isso porque as crianças e adolescentes aproveitam o tempo livre para curtir a prática de empinar pipa, uma das mais antigas e tradicionais atividades infantis.

Cidades

Meses 2018

Janeiro

Fevereiro

Março

Abril

Maio

Junho

Julho

Várzea Paulista

18

9

8

3

5

12

13

Jundiaí

16

12

7

2

2

3

21

Campo Limpo

15

2

0

4

3

4

13

Vinhedo

0

1

0

0

0

1

4

Itupeva

1

1

0

0

0

1

1

A brincadeira de pipas em áreas urbanas, porém, é um tema de extrema seriedade. Além da falta de energia, impactando o bem-estar e conforto da população, empinar pipa perto da rede elétrica pode causar acidentes sérios ou, até mesmo, fatais. Esse risco se acentua se a pipa estiver sendo usada com cerol ou linha chilena, condutores de eletricidade.

“O Grupo CPFL está comprometido com a segurança da população e por isso relançamos a Campanha Chega de Choque. Reforçamos, principalmente nas férias, a necessidade do acompanhamento e instrução de pais e responsáveis no uso do brinquedo. Os acidentes causados pelas pipas poderiam ser evitados se fossem adotados cuidados simples, como escolher locais longe da fiação elétrica, em campos abertos e parques com áreas planas”, afirma o gerente de Saúde e Segurança da CPFL Energia, Marcos Victor Lopes.

Uso de cerol ou linha chilena é considerado crime

 

O uso de cerol (mistura de cola, limalha e vidro moído) ou da “linha chilena” é considerado crime penal, capitulado nos artigos 129, 132 e 278, do Código Penal Brasileiro, e no artigo 37, da Lei das Contravenções Penais. Além disso, a formulação destas linhas, por conterem limalha de ferro, provoca curtos-circuitos e choques, além de ser um risco para ciclistas, motociclistas e a população em geral, podendo causar graves ferimentos.

Para que crianças e adolescentes possam brincar de empinar sem abrir mão da segurança, a Campanha Chega de Choque da CPFL Energia compartilha 10 dicas de segurança:

  1. Empine pipas longe de rede elétrica, em locais livres onde não exista nenhum tipo de cabo de energia, de serviço telefônico ou antenas de celular. Isso evita acidentes e interferências na qualidade desses serviços;

  1. Dê preferência a espaços abertos como praças, parques e campos de futebol para usar o brinquedo. Evite também soltar pipas em canteiros centrais de ruas, avenidas, rodovias ou qualquer lugar onde exista fluxo de veículos;

  1. Evite a utilização de “rabiolas”, pois elas agarram nos fios elétricos, desligando o sistema e provocando choques, muitas vezes fatais;

  1. Linhas metálicas não devem ser usadas no lugar da linha comum. Nunca use cerol ou a linha “chilena”, elas são proibidas por lei;

  1. Não utilize papel alumínio na confecção da pipa. Isso é perigoso, pois este material, em contato com os fios, provoca curtos-circuitos;

  1. Caso a pipa enrosque nos fios, é melhor desistir do brinquedo. A tentativa de recuperá-lo traz sérios riscos. Evite remover a pipa com canos ou bambus;

  1. Não é indicado soltar pipas na chuva. Ela funciona como para-raios, conduzindo energia;

  1. Não é indicado subir nas lajes das casas para empinar pipa.  Qualquer distração pode causar uma queda;

  1. Tenha cuidado com ciclistas e motociclistas. Em velocidade, linhas podem não ser vistas e, com isso, causar graves acidentes, sobretudo se tiverem cerol ou se a linha for a chilena;

  1. É aconselhável ter sempre um adulto responsável acompanhando as crianças no momento da brincadeira.

Sobre a CPFL Energia

 

CPFL Energia, há 105 anos no setor elétrico, atua nos segmentos de distribuição, geração, comercialização e serviços. Desde janeiro de 2017, o Grupo faz parte da State Grid, estatal chinesa que é a segunda maior organização empresarial do mundo e a maior companhia de energia elétrica, atendendo 88% do território chinês e com operações na Itália, Austrália, Portugal, Filipinas e Hong Kong.

Com 14% de participação, a CPFL Energia é vice-líder no mercado de distribuição, totalizando cerca de 9,4 milhões de clientes em 679 cidades, entre os estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná. Na comercialização, é uma das líderes no mercado livre, com participação de mercado de 14% na venda para consumidores finais. É líder na comercialização de energia incentivada para clientes livres entre as comercializadoras.

Na geração, é a terceira maior agente privada do País, com um portfólio baseado em fontes limpas e renováveis, como grandes hidrelétricas, usinas eólicas, térmicas a biomassa, Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) e usina solar. Ao final do primeiro trimestre de 2018, a capacidade instalada do Grupo CPFL alcançou 3.283 MW.

CPFL Energia possui ações listadas no Novo Mercado da B3 e ADR Nível III na NYSE, além de participar do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3 pelo 13º ano consecutivo. O Grupo também ocupa posição de destaque como um dos maiores investidores brasileiros em arte, cultura e esporte.