JORNAL DA REGIÃO

JUNDIAÍ E REGIÃO

Cadeirante reclama da Cinépolis de Jundiaí

O leitor do “Jornal da Região”, Filipi Lima, que é cadeirante, reclama do atendimento na Cinépolis de Jundiaí. Ele tentou comprar ingresso pela Internet para o filme “Rei Leão” e não havia a opção para quem é deficiente. Ele teve de ir ao shopping e lá, a funcionária anotou no seu ingresso que estava ciente de que os elevadores podem não funcionar no dia da apresentação do filme.

Bastante revoltado, o leitor publicou um desabafo reclamando da maior rede de cinemas da América Latina. Ele disse que é lamentável um deficiente ter de se deslocar até a bilheteria para comprar ingressos antecipados. E, de forma “discriminatória”, a funcionária anotou que o elevador pode não funcionar no dia em que comprou os ingressos.

O leitor disse que se sentiu humilhado várias vezes pela rede de cinemas.

Resposta da Cinépolis

A rede Cinépolis busca sempre a melhor qualidade no serviço aos nossos clientes e, portanto, gostaria de se desculpar pelo o ocorrido no Cinépolis Jundiaí Shopping. Tão logo tomamos conhecimento do ocorrido, demos início à apuração dos fatos com nossa área de operações.

 Gostaríamos, diante disso, de reiterar que não é prática da rede Cinépolis negligenciar qualquer de seus clientes, sendo certo que eventuais problemas com a sala ou a exibição são e sempre serão reparados na forma de restituições ou ingressos correspondentes bonificados – seja por problemas em som, projeção, energia, ou com o elevador, como neste caso.

 Por fim, é de se ressaltar que a unidade tem enfrentado problemas nos referidos elevadores, decorrentes de picos no fornecimento de energia elétrica, e que novos equipamentos, visando a solução permanente do tema, foram adquiridos.  

 Qualquer dúvida, colocamo-nos à disposição.

 Atenciosamente, 

Rede Cinépolis Brasil

Desabafo do leitor

Você acha normal receber seus ingressos do Cinema com essa observação a caneta? Por favor leiam tudo e me ajudem a compartilhar! Não podemos ficar calados.

Ontem (15/07/2019), aconteceu algo comigo que me deixou indignado e me senti completamente incapaz por isso. Reflitam comigo.
Eu queria comprar 02 ingressos (para minha esposa e eu) para a estreia do filme “O Rei Leão”. Eu queria ter feito essa compra pela internet, assim como é possível para os demais que não usam o acento preferencial, mas não foi possível, pois os lugares reservados para deficientes e acompanhantes só são liberados para compra presencial, ou seja, quem tem mais dificuldade de locomoção não consegue agilizar o processo virtualmente, precisa se deslocar até o local. Nesse momento eu já me senti inferior, mas fazer o que? Infelizmente temos que “sofrer as consequências” devido aos “espertinhos” que tentam fazer uso desses acentos.
Mas o que me deixou mais revoltado, não foi isso.

Nós fomos presencialmente comprar os ingressos e a MINHA INDIGNAÇÃO VEIO EXATAMENTE NESTA HORA. Escolhemos os acentos preferenciais e em seguida fomos informados que caso o elevador da sala (que dá acesso ao acento preferencial) não estiver funcionando no dia, não terá o que eles fazerem, não terei com assistir ao filme, não poderei trocar meu ingresso para outra sala que o elevador funcione e nem poderei solicitar o reembolso do valor dos ingressos. Indignado com essas informações, eu questionei a atendente se o elevador quebrava com frequência e a mesma disse que sim, que direto acontece de quebrar.

Agora me pergunto… Como pode isso, vender o ingresso antecipado e não garantir que vou ter o direito de consumir o que comprei e nem ao menos o direito de troca ou reembolso!?
Já que não vão garantir que o elevador esteja funcionando, então não vendam antecipado os ingressos ou tenham um plano de contingencia caso isso ocorra, afinal a responsabilidade do elevador funcionar é do cinema e não minha.

Por fim, eu comprei os ingressos (eu não tinha outra opção), espero que tudo ocorra bem no dia, mas registro aqui a minha indignação com o Cinépolis Jundiaí pela postura adotada neste caso, pois somos consumidos, somos gente como qualquer um e não podemos aceitar quietos sermos tratados com diferenças. Vamos supor que vendessem todos os ingressos de uma sala de Cinema, mas no dia ao tentar abrir a porta a mesma não abrisse impossibilitando as pessoas chegarem aos seus acentos, vocês não iriam fazer nada por eles? Simplesmente mandariam embora sem nenhum direto?

Outra coisa… E se o elevador funcionar para eu subir e depois não funcionar na hora de descer? Ficarei preso lá em cima sem ter o que fazer? Pense nisso!

A lei federal 10098 o decreto 5296 e a lei federal 13146 nos garante acessibilidade em espaços públicos, de uso público e privados com uso coletivo.

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