#LOUVEIRA: Crise de gestão afeta Santa Casa que reduz atendimento à população
Em crise desde o ano passado, onde as contas não fecham, e a dívida financeira vem crescendo, a Santa Casa de LOUVEIRA, a cada mês, vem perdendo médicos e reduzindo serviços. Segundo a atual Provedoria da Santa Casa de LOUVEIRA, os R$ 2,25 milhões repassados todo mês pela Prefeitura de LOUVEIRA, não são suficientes para arcar todos os custos. Mesmo que somado ao repasse do SUS e convênios, que chegam à R$ 900 mil, as despesas não são cobertas.
São quase R$ 3 milhões por mês que a direção da Santa Casa tem para atender a população em pronto socorro e serviços de ambulatoriais e de consultas. Mas, o dinheiro nunca dá! A gestão é ineficiente? Ou a Prefeitura precisa investir mais? No total de investimentos, neste ano, só o município entra com R$ 27 milhões.
Houve um adiantamento, inclusive, para o pagamento de Janeiro. Ou seja, o repasse foi adiantado em um mês, e o valor de R$ 2,25 que seria pago em fevereiro, foi quitado em janeiro. E agora as coisas complicaram ainda mais.
Funcionários confirmaram que os salários estão em atraso, e nesta sexta-feira (7), em um comunicado oficial do provedor da Santa Casa, é afirmado que o repasse da Prefeitura não foi efetivado (o que não bate com o adiantamento anunciado), e que a partir deste fim de semana, o atendimento do hospital será feito somente para ‘urgência’ e ‘emergência’. A população será prejudicada, mais uma vez.
Há relatos de que supostamente, o hospital possa parar em uma semana, caso não se resolva a crise.
O Conselho de Saúde, por meio de seu presidente, Alessandro Fonseca, continua solicitando explicações urgentes à Provedoria da Santa Casa de LOUVEIRA, já que houve aumento na verba mensal e adiantamento do repasse de Janeiro. “A diretoria da Santa Casa de LOUVEIRA vai trabalhar este ano com uma verba anual de R$ 27 milhões, sem contar o dinheiro que vem de convênios particulares e do SUS. Como todos os anos, é verba suficiente para garantir um atendimento digno da população e ainda, dentro de um cronograma estabelecido com a Prefeitura. O PA está dentro desta verba. Em tese, há um problema de gestão lá dentro, e o Ministério Público foi comunicado sobre esta deficiência de atendimento e não cumprimento de metas estabelecidas”, afirmou o presidente do Conselho, que está acompanhando o descaso, junto à outros membros fiscais do órgão. Ele disse que vai elaborar novo relatório para o Ministério Público, pois o repasse está sendo feito, e até com adiantamento.
(Texto: Jorge Koboskchi/ #FOLHANOTICIAS)