O jundiaiense Matheus Presotto e Silva, de 26 anos, terá um poema publicado em coletânea que concorre ao Prêmio Jabuti de 2022. O jovem venceu o I Concurso Nacional de Poesia da Faculdade de Direito da UFPR, feito em parceria com o Centro Internacional Universitário Uninter, a Universidade Federal do Paraná, o Grupo de Estudos em Direito Internacional Humanitário da UFPR, a ONG Mundo Sem Fronteiras e a Casa São Basílio.
Advogado internacionalista, graduando em filosofia e especialista em teologia, Matheus conta que, apesar de ter rascunhado poemas ao longo da vida, nunca tinha tido coragem de publicar ou enviar para um concurso literário qualquer obra sua. “Até a presente oportunidade, na qual, despretensiosamente, enviei o poema sobre Direitos Humanos para concorrer no concurso de poesia. Foi uma grata surpresa saber que fui vencedor da categoria nacional, tendo meu poema sido o primeiro colocado no concurso, dentre os muitos enviados por outros autores com excelentes escritos”, contou.
Além de advogado, Matheus também é professor de Direitos Humanos e Coordenador de Pesquisas no GESIDH.AM (Grupo de Estudos sobre o Sistema Interamericano de Direitos Humanos/Amazonas) e no Direito Internacional sem Fronteiras (DIsF). “Sempre fui um leitor assíduo de literatura nacional e estrangeira. Da Poesia sou apaixonado, em especial, por Castro Alves e Hilda Hilst.”
Ele foi convidado para participar da cerimônia de entrega dos certificados aos vencedores do concurso, realizada na última quinta-feira (28) no Salão Nobre da Faculdade de Direito da UFPR. Abaixo o poema vencedor:
Dir-te-ei, Humano
Sou aquele que endireita,
que emenda,
que mede,
que ajusta e
que ajeita.
Natureza universal,
relativo e essencial.
Irrenúnciável!
efetivo.
Inviolável!
interdependente.
Inalienável!
concorrente.
Complementar, Uno, Indivisível:
minha proclamação nem sempre é audível,
nem sempre é legível.
Me revelo na história,
na guerra,
na paz,
na luta e
na memória.
Minha existência liberta,
limita,
milita e
conserva.
Dir-te-ei, Humano:
Ao contrário da Esfinge,
obra-me ou te devoram,
defende-me ou te afligem.