A Justiça de Jundiaí, por meio da Vara das Audiência de Custódias, determinou, na tarde desta segunda-feira (01) a soltura do preso envolvido em roubo a um restaurante e residência de comerciante, na Avenida Nicola Aciéri, no bairro do Corrupira.
De acordo com despacho do juiz do caso, o Promotor de Justiça solicitou a presença do médico perito para constatar lesões no autor do assalto, uma vez que havia contradição entre o exame de domingo (31) e o que fora feito na sala de audiência.
O médico disse ao juiz que não viu as lesões porque o autor estava de cabeça baixa.
O juiz Filipe Levada considerou negligência o ato de não ter olhado para o rosto e determinou que seja oficiado o IML, para apurar o caso.
Tortura
O preso disse ao juiz que foi torturado por dois, de três guardas municipais, por isso tinha ferimentos pelo corpo, tendo sofrido socos e choques, para confessar o roubo – que ele já havia admitido para a ex-mulher, na casa dela, tendo sido denunciado à Polícia.
Diante das acusações do preso, o juiz determinou que seja comunicada a Corregedoria da Guarda Municipal, para apurar o caso de excesso por parte dos agentes da lei.
O roubo
Na noite de sábado (30), com base nas informações que o autor conseguiu da ex-mulher, ele e comparsas roubaram o restaurante onde ela trabalha.
Depois foram para a casa do patrão e roubaram dinheiro, eletrônicos, relógio, celular e até cuecas.
Um dos ladrões foi preso pela Guarda Municipal na Meias Aço.
O autor e mentor do crime foi preso domingo, depois de confessar para a mulher que queria “dar algo melhor” para ela.
Durante o assalto as vítimas do restaurante e da casa foram ameaçadas com faca e arma de fogo.
Vítimas dizem que foram torturadas por ladrões
As vítimas dos ladrões que roubaram restaurante em Jundiaí estão surpresas com a soltura do líder do bando. Ele alegou ter sido torturado por guardas municipais e foi solto para responder processo em liberdade.
Para as vítimas, foram elas as torturadas pelos criminosos e enviaram ao “Jornal da Região” vídeo em que mostra um dos ladrões batendo com coronhadas em um funcionário. Ele fica com o cano de um revólver apontado para a boca e depois leva golpes na cabeça.
Quanto ao ladrão agredido, a ex-mulher dele teria dito na Delegacia de Polícia Civil que foi ela quem bateu nele, por ter assaltado o local em que trabalha e, não os guardas municipais.