O motorista de um Corsa, com placas de Jundiaí, de 53 anos, invadiu a preferencial de uma moto Honda Titan CG 150, de Aparecida, pela Avenida da Uva, no bairro do Poste, na noite deste domingo (16) e, provocou acidente de trânsito gravíssimo.
O motoboy, de 30 anos, sofreu politraumatismo, sendo socorrido ao Hospital São Vicente de Paulo pela equipe de emergência do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
De acordo com o que foi apurado por policiais militares, o motoboy sofreu fraturas nos dois pulsos e uma das pernas. Mas, dependia de raios X no Hospital para verificar se quebrou outros ossos do corpo.
Ao tentarem diálogo com o motorista do Corsa, a equipe do 11º Batalhão constatou que o condutor estava exalando odor alcoólico, sendo conduzido ao Plantão da Polícia Civil.
O delegado Rodrigo Lima Leite Carvalhaes, determinou exame clínico que constatou a embriaguez do motorista de 53 anos.
Diante dos fatos determinou a prisão em flagrante por Embriaguez ao Volante e Lesão Corporal, com o recolhimento do preso para a Cadeia de Campo Limpo Paulista, onde vai aguardar decisão da Justiça.
O delegado requisitou a presença de peritos da Polícia Científica ao local do acidente, para produção de laudo com a dinâmica do acidente, para o Inquérito Policial (IP).
Em seu despacho para a Justiça, o delegado Rodrigo enfatiza que o condutor tinha sinais inequívocos de embriaguez, como andar cambaleante, fala pastosa e fortíssimo odor etílico.
Que causou lesões de natureza gravíssima na vítima, que quebrou os dois pulsos e uma perna, passando por procedimentos cirúrgicos.
Neste final de semana outros três motoristas foram presos por embriaguez, na região de Jundiaí, sendo um em Cabreúva, outro em Várzea Paulista e mais um em Jarinu.
Delegado enaltece o “dolo” do motorista
Ainda no despacho para o juiz da Audiência de Custódia, o delegado Rodrigo Lima Leite Carvalhaes enaltece que o motorista assumiu o risco de dolo eventual, ao consumir bebidas exageradamente e ainda tentou fugir do local do acidente, sendo impedido. Portanto, merece permanecer preso.
“A conversão da prisão em flagrante delito, por prisão preventiva é medida imprescindível para garantia de ordem pública. O Crime tem pena máxima de reclusão superior a quatro anos, foi cometido com violência (dolo eventual) e causou lesões gravíssimas na vítima, que certamente estará impossibilitada de exercer sua profissão de motoboy por tempo significativo, comprometendo seu sustento e da sua família (terceiros inocentes). É certo, ainda, que o indiciado tentou fugir do local do crime e não demonstrou qualquer tipo de arrependimento em solo policial. Com efeito, as medidas cautelares substitutivas da prisão são insuficientes para impedir a reiteração delitiva, já que a simples entrega da carteira de motorista, na prática, não é impeditivo para o autor voltar a conduzir veículos automotores, principalmente após ingestão de álcool ou outra substância de efeito análogo. Tivesse o indiciado o mínimo de responsabilidade e senso ético teria evitado a ingestão tão acentuada de bebidas alcóolicas antes de dirigir, e, sobretudo, não teria tentado fugir do local do acidente pra se furtar de responsabilidade civil e administrativa”, disse o delegado Rodrigo.
Motorista de Honda Civic causa morte de adolescente de 14 anos