JORNAL DA REGIÃO

JUNDIAÍ E REGIÃO

Jundiaí tem 10 pessoas em tratamento contra hanseníase

A hanseníase (antigamente conhecida como lepra) é uma doença infecciosa, contagiosa, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen. Em Jundiaí, há 10 pessoas em tratamento nas Unidades Básicas de Saúde contra a doença.

De acordo com a gerente da Nova UBS Agapeama, Cássia Carneiro, o acolhimento é essencial para quem é identificado com a suspeita ou confirmação da doença. “Por ser uma doença estigmatizada, as pessoas não falam sobre o tema e, por isso, podem ignorar sintomas que identificariam a doença no início e não buscam pelo atendimento. O trabalho das equipes da Atenção Primária é essencial para, não somente conscientizar as pessoas, como oferecer o acolhimento e o cuidado necessário para quem está doente”, explica.

Teste realizado na rede de Atenção Básica identifica se há falta de sensibilidade na pele
Transmissão e prevenção

A transmissão ocorre por meio de contato próximo e contínuo com o paciente não tratado – principalmente vias respiratórias –. Sua evolução depende de características do sistema imunológico da pessoa infectada e apresenta múltiplas manifestações clínicas.

O bacilo causador da hanseníase se instala geralmente nas áreas mais frias do corpo, como lóbulo da orelha, ponta do nariz, cotovelos e nos nervos periféricos.

Na pele surgem manchas variadas, de coloração vermelha, mais claras, acastanhadas, e que podem se transformar em placas, nódulos, áreas infiltradas, úlceras, calosidades com alteração de sensibilidade. Todos esses sintomas e manchas devem ser investigados, realizando o teste de sensibilidade e a apalpação dos nervos periféricos.

Quando o bacilo se instala nos nervos, ele pode causar formigamento, fisgadas, dormência.

A sensibilidade começa a ser modificada; primeiro é a térmica, a seguir, dolorosa, e por último, tátil.

Não há prevenção específica contra a doença, porém existem medidas que podem evitar novos casos:

● Diagnóstico e tratamento precoces;

● Exame dos comunicantes que residem ou residiram por mais de 30 dias consecutivos, nos últimos 5 anos, com o paciente sem tratamento;

● Aplicação da vacina BCG nos comunicantes domiciliares do paciente.

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