Jundiaí registra 2º caso de frete fake para roubo de caminhão
A Polícia Civil de Jundiaí registrou o segundo caso de “Frete Fake” praticado por quadrilha para roubar caminhão. No último dia 24 de janeiro um motorista de Maravilha (Santa Catarina) chegou no bairro do Aeroporto e acabou sendo sequestrado. Na tarde de terça-feira (31), soldados da Polícia Militar libertaram caminhoneiro também de Santa Catarina que estava amarrado em um matagal, no Jardim das Tulipas.
O caminhoneiro que veio de Itajaí (SC), dirigindo um Scânia P 310 B8X2, disse ao delegado Leonardo Pontes Montenegro, do Plantão da Polícia Civil, que foi contratado via aplicativo FreteBras, para realizar um transporte para empresa de Jundiaí.
Ao chegar no Jardim das Tulipas, na Avenida Wady Brada, entrou em contato pelo telefone celular com o suposto responsável pela contratação.
O homem do outro lado da linha disse que um funcionário iria até o local onde a vítima estava.
Em seguida apareceram dois homens informando que ele estava na “entrada” errada e deveria dirigir até um local indicado.
Em determinado trecho foi anunciado o roubo. A vítima foi levada para cativeiro em matagal.
Quando os policiais militares do 11º Batalhão de Jundiaí realizavam patrulhamento pela Avenida Prefeito Luiz Latorre, suspeitaram de um homem segurando corda nas mãos. O indivíduo foi abordado e nada de ilícito encontrado.
Durante a abordagem os policiais ouviram gritos de socorro que vinham do matagal. Eles foram ao local e encontraram a vítima amarrada com “enforca gato”. O motorista disse que tinha sido rendido pela quadrilha que levou o caminhão há poucos minutos.
Os policiais militares passaram o caráter geral e uma equipe da Guarda Municipal localizou o caminhão, fazendo a devolução para a vítima.
O ladrão preso pelos policiais não quis prestar esclarecimentos na Delegacia de Polícia Civil. O telefone celular do indivíduo foi apreendido e encaminhado para a Delegacia de Investigações Gerais (DIG).
Na segunda-feira (30) o “Jornal da Região” também publicou um roubo de carreta. O motorista ficou refém de quadrilha e o cavalinho abandonado na Avenida das Indústrias. A carreta com carta de arroz desapareceu.
Frete Fake 2
No dia 24 de janeiro um caminhoneiro de Maravilha (SC) dirigia o seu Scânia modelo P 310 B8X2 CS, para retirada de alimentos em galpão ao lado do Aeroporto de Jundiaí.
Quando a vítima chegou no endereço indicado, junto com a sua esposa como passageira, havia um homem com colete amarelo indicando onde deveria parar o caminhão.
Logo em seguida surgiram bandidos armados que estavam em um carro próximo e anunciaram o assalto.
A vítima e a esposa foram levadas para um carro e em seguida entraram em um condomínio de casas, onde ficaram reféns por duas horas.
Enquanto estavam no cativeiro o ladrão, que mantinha o casal preso, recebeu ligação dos comparsas questionando como faziam para ligar o caminhão, já que ele travou em uma avenida de Jundiaí.
O motorista disse que não sabia, porque veio normalmente na estrada até o município.
Depois de meia hora o chefe da quadrilha mandou o bando se livrar do casal, sendo que o caminhoneiro e sua esposa foram levados para um matagal na cidade de Louveira.
Os dois tiveram de andar muito em uma estrada até chegar em local para pedir socorro, sendo que a Polícia Militar foi chamada.
Enquanto a vítima elaborava o boletim de ocorrência do roubo do caminhão, ficou sabendo que a Guarda Municipal de Jundiaí achou o veículo estacionado na Avenida 14 de Dezembro, na Vila Rami.
A vítima sentiu a falta de dois aparelhos de telefones celulares (Samsung e Motorola) e cartão bancário do NuBank em nome da empresa Oeste Transportes.
A empresa foi avisada e constatou que tinha sido feito um saque de R$ 750,00, pedindo bloqueio do cartão ao banco.
O caso está sendo apurado pela equipe da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), sob o comando do delegado Josias Guimarães.
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Em nota, a Fretebras afirma que “se solidariza com a vítima e está totalmente à disposição das autoridades para apoiar com informações que possam ajudar a encontrar os responsáveis pelo crime. Historicamente, a Fretebras valida todas as empresas que se cadastram em seu site para publicar cargas e aprova, em média, apenas 30% delas, seguindo um processo rigoroso com 8 etapas de segurança. A empresa afirma que desenvolveu um robô que avalia e classifica as cargas publicadas de acordo com seu nível de risco. Esta tecnologia, aliada a um investimento de quase R$ 80 milhões em ações de prevenção à fraude, reduziu em 67% a incidência de golpes contra caminhoneiros, atingindo uma taxa de segurança superior a 99% dentro da plataforma. A Fretebras está apurando os acontecimentos, já que historicamente, cerca de um terço das denúncias feitas contra a empresa não aconteceram de fato dentro da sua plataforma (os golpistas conseguem os contatos de caminhoneiros por vias paralelas, como grupos de Whatsapp, e que por isso, fogem do controle da empresa)”