Jundiaí passa a contar com cirurgia robótica
O Instituto de Cirurgia Minimamente Invasiva – ICIMI, conduzido pelos cirurgiões Marcelo Furtado, Jedaias Júnior e Gabriel Barbetta, é o primeiro da região a oferecer tecnologia que está revolucionando a medicina, em especial a cirurgia digestiva e hérnias da parede abdominal.
A cirurgia robótica tem ganhado cada vez mais destaque na área médica. Trata-se de uma plataforma que utiliza braços robóticos articulados, permitindo que os médicos realizem operações com mais precisão, segurança e eficiência. Essa tecnologia vem sendo utilizada em diversas áreas da medicina, como cirurgia bariátrica, urologia, ginecologia, cirurgia cardíaca e principalmente as hérnias da parede abdominal.
Os robôs utilizados na cirurgia são controlados por um cirurgião que fica em console (estação), onde pode visualizar o campo cirúrgico por meio de uma câmera 3D de alta definição e manipular os braços robóticos com grande precisão.
Os instrumentos robóticos por sua vez, são articulados e realizam movimentos mais delicados e precisos quando comparado aos instrumentos cirúrgicos tradicionais, permitindo que os cirurgiões realizem procedimentos menos invasivos e mais seguros.
“Essa é uma, mas não a única, vantagem desse procedimento. Na verdade essa técnica intensifica os benefícios já presentes na videolaparoscopia. Também é importante ressaltar o mínimo impacto no paciente e a precisão espantosa durante o ato cirúrgico, que apenas os braços dos robôs podem proporcionar”, explica o médico Marcelo Furtado, Presidente da Sociedade Brasileira de Hérnia (SBH) e um dos responsáveis pelo pioneirismo da técnica na cidade.
O médico, que é uma das referências em cirurgias laparoscópicas, diz ainda que a medicina deve viver um grande avanço diante dessa novidade. Furtado, que é doutor em Gastrocirurgia e ex Presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica (SOBRACIL – SP), afirma que os benefícios da cirurgia robótica incluem uma recuperação mais rápida e menos dolorosa, menor risco de complicações e menor tempo de internação hospitalar com retorno mais precoce às atividades laborais e físicas. Além disso, a tecnologia dos robôs permite que os cirurgiões realizem procedimentos mais complexos com maior segurança e eficiência.
Treinamento especializado
A cirurgia robótica exige treinamento especializado para os cirurgiões e equipe de apoio além de uma certificação específica. No entanto, à medida que a tecnologia evolui, espera-se que a cirurgia robótica se torne mais acessível e comum em hospitais de todo o mundo. “A cidade de Jundiaí ainda não conta com robôs, mas temos parceria com os melhores Hospitais de Campinas e São Paulo, que dispõe dessa tecnologia para onde levamos nossos pacientes que optam pela robótica”, completa o médico.
Com a cirurgia robótica, os pacientes podem esperar um tratamento mais avançado, seguro e menos invasivo. Embora ainda seja uma técnica em evolução, a cirurgia robótica está se mostrando uma tecnologia revolucionária na área médica, com um enorme potencial para melhorar a vida dos pacientes e transformar a maneira como os médicos tratam uma ampla gama de doenças cirúrgicas.