Turismo pede socorro e teme por falências de empresas e municípios
Várias associações de hotéis, parques, estâncias turísticas e empresas de entretenimento enviaram carta ao presidente Jair Bolsonaro pedindo medidas para socorrer os empreendimentos e os seus trabalhadores. Desde o início da quarentena, os primeiros afetados foram do setor de Turismo e não tiveram benefícios para bancar os pagamentos dos trabalhadores, como ocorreu com as empresas privadas.
Na carta – enviada com cópia ao “Jornal da Região” -, as empresas lembram que empregam milhares de trabalhadores, são responsáveis por girar a Economia do País e atrair mais investimentos. Mas precisam de ajuda, para aguentar essa fase.
Na região, os parques Hopi Hari e Wet’n Wild resolveram se unir – apesar de serem empresas distintas.
Os parques começaram a vender combos de pacotes para utilização dos dois espaços.
Os ingressos estão à venda nos sites dos empreendimentos.
Carta do Turismo
Sem resorts, hotéis, parques e atrações turísticas, será que existirá turismo no país? O que acontecerá com tantas pessoas e destinos inteiramente dependentes desta atividade? Sem produtos e
serviços do turismo, como se dará a retomada das companhias aéreas e o que será das locadoras de automóveis?
É possível trazer muitas provocações a respeito das consequências da não sobrevivência do setor. Mas, talvez, a mais importante indagação em um país continental e diverso como o Brasil é: qual seria o setor econômico substituto do turismo capaz de gerar o efeito multiplicador e descentralizado para a economia?
O Governo Federal trouxe soluções importantes para uma fase de contenção dos efeitos negativos da pandemia e vários setores produtivos foram contemplados por meio da MP 936. No entanto sabemos que há setores que, mesmo impactados, ainda continuam produzindo. Esse não é o caso do turismo.
Essa indústria foi a primeiro e será a última a retomar sua normalidade. No Brasil, até o momento, já computamos R$ 14 bilhões de prejuízos no setor de Turismo desde o início da crise, 295 mil demissões, impactando 571 atividades econômicas dependentes do segmento de viagens. O efeito dominó diante da paralisação da atividade turística de lazer e de negócios pode levar à falência
não apenas de empresas, mas também de inúmeros municípios espalhados pelas cinco regiões do país que tem suas atividades diretamente ligadas ao setor.
Medidas transversais foram cruciais, mas não serão suficientes! É o momento do Governo Federal dar prioridade para o turismo, onde o motor da atividade:
resorts, hotéis e parques, necessitam de um auxílio adicional para sobreviverem. Já estão na UTI! Precisam de “respiradores” e um remédio de uso contínuo por 03 anos para conseguir sua alta, ou seja, recuperação completa. A solução para passar da etapa de sobrevivência e chegar ao momento da recuperação depende principalmente de três movimentos que devem acontecer paralelamente: o primeiro é a prorrogação da suspensão do contrato de trabalho (MP 936) para o turismo, cuja retomada é mais lenta); o segundo é a liberação imediata de crédito para pequenas, médias e grandes empresas do setor e, por fim, mas não menos importante, criar estímulos fiscais para encurtar ao máximo a etapa de recuperação deste importante setor, grande gerador de empregos e indutor de forte impacto socioeconômico.
Mais do que salvar 8,1 % do PIB Nacional é vital salvar toda a cadeia de empregos, diretos, indiretos, formais e informais, que atuam em todo setor do turismo do nosso país, do Oiapoque ao Chuí!
Assinam
Sérgio Souza
Presidente
Resorts Brasil (Associação Brasileira de Resorts)
Murilo Pascoal
Presidente
Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (SINDEPAT)
Manoel Cardoso Linhares
Presidente
Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH)
Vanessa Costa
Presidente
Associação das Empresas de Parques de Diversões do Brasil (ADIBRA)
Orlando de Souza
Presidente Executivo
Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB)
Toni Sando
Presidente
União Nacional de CVBx e Entidades de Destinos (UNEDESTINOS)
Alexandre Sampaio
Presidente
Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA)
Simone Scorsato
Diretora Executiva
Brazilian Luxury Travel Association (BLTA)