Há exatamente um ano, o Morro do Mursa, localizado na Serra dos Cristais, sofria o maior incêndio florestal já registrado na área. Foram quatro dias consecutivos de muito fogo e um trabalho incansável de brigadistas e voluntários para controlar as chamas.
Depois desse triste episódio, diversas medidas foram tomadas para recuperar e preservar este santuário ecológico da região. Uma das principais ações foi a formação do grupo “Amigos da Serra”, composto por voluntários moradores de cidades do entorno e proprietários, apoiados pelo Grupamento de Bombeiros Civis de Várzea Paulista e Associação Caminho Verde.
O local também foi interditado para qualquer tipo de atividade ou visitação devido ao alto risco de novos incêndios e também por ser uma área totalmente particular. Placas, cancelas e porteiras foram instaladas para evitar invasões ao ambiente e os integrantes do grupo efetuam plantões e rondas para garantir a segurança da área.
“Está em estudo como os órgãos públicos municipais também poderão colaborar nestas ações. A Polícia Municipal Ambiental de Várzea Paulista tem sido parceira”, informa o grupo que se reuniu no último domingo (11) com a Associação dos Monitores da Serra do Japi para uma parceria que possibilitará abrir o Morro do Mursa para visitas monitoradas.
Recuperação e preservação
Um ano depois do Morro do Mursa ser interditado e do trabalho de monitoramento dos integrantes do grupo Amigos da Serra é possível colher bons resultados, o melhor dele é ter evitado a propagação de incêndio de grandes proporções, como estava ocorrendo todos os anos.
“Não se trata simplesmente de uma proibição ao acesso. É uma ação de recuperação e proteção ao local e o entendimento da população a estas restrições nos assegura a manutenção das nossas matas, das nossas nascentes, dos nossos animais que ainda restam nessa região, pela nossa qualidade de vida, pelo nosso futuro”, declara o grupo.
A Serra dos Cristais, que faz parte do Cinturão Verde do Estado de São Paulo, tem sofrido grandes ameaças ao seu equilíbrio ambiental em razão das constantes invasões por pessoas inescrupulosas que praticam diversos crimes ambientais. O grupo Amigos da Serra inumera os tipos de crimes mais cometidos no local: corte de árvores nativas para fogueiras, grande volume de lixo deixado no alto do Mursa, ação predatória de caçadores, erosão irreversível pelo acesso de motocross, incêndios criminosos, retirada de plantas e ação criminosa de baloeiros.
“Diante de tanta devastação e tristeza, foi formado o grupo chamado Amigos da Serra, cujo principal objetivo é recuperar e preservar este nosso santuário ecológico da região.
Sigam no Facebook: https://www.facebook.com/amigosdomorrodomursa