A cidade de Jundiaí sediou a IX Caminhada dos Mártires, realizada no dia 9 de julho, na área de amortecimentos dos impactos ambientais da Serra do Japi. Ela teve início às 9h, nas dependências da Associação Mata Ciliar, com um momento de boas vindas e oração, feitos pelo bispo Dom Vicente Costa, seguido de uma fala do engenheiro agrônomo Jorge Bellix Campos, presidente da Associação Mata Ciliar Jundiaí, que falou do atendimento prestado pela Associação no atendimento médico de animais feridos (referência nacional) e em defesa da fauna e da flora.
Dali ela seguiu pela Avenida Emílio Anhonlon (ao lado do aeroporto) até a Avenida Antônio Pincinato, num percurso até a paroquia São João Bosco, no Parque Eloy Chaves. A Caminhada é realizada em forma de procissão, com os participantes entoando cânticos, rezando e se manifestando em defesa de desigualdades sociais que estejam ocorrendo naquele território. Os participantes seguem o exemplo de mártires que morreram na luta em defesa dos menos favorecidos e oprimidos, como Chico Mendes, Irmã Doroty, e mais recente Bruno Ferreira e Dom Philipes.
Nesta edição da Caminhada o objetivo foi de denunciar, dar visibilidade aos ataques que a Associação Mata Ciliar tem e vem sofrendo ao longo dos anos, ela já está naquele espaço há mais de duas décadas, mas agora sofre ameaças de despejo devido a solicitação por parte da empresa que administra o aeroporto, que reivindica a área para si, bem como da especulação imobiliária crescente na área de proteção e amortecimento dos impactos ambientais da Serra do Japi.
No final da Caminhada, a partir das 11h30, na paroquia São João Bosco o bispo Dom Vicente Costa celebrou a liturgia eucarística, concelebrada pelos padres Michael Henrique dos Santos e Norberto Savieto. Bendigamos ao Senhor!
Texto e foto de Reinaldo Oliveira