Adolescente é agredido na saída de escola por presentear colega
Um adolescente de 14 anos foi vítima de agressões por parte de outros menores na saída da escola onde estuda, no Eloy Chaves, em Jundiaí. O caso aconteceu na última terça-feira (16).
A mãe da vítima contou que o filho apanhou várias vezes na cabeça, no rosto e nas costas. O motivo das agressões teria sido um presente a um outro adolescente. A família registrou queixa na delegacia. A vítima teve que fazer exame de corpo de delito, devido as pancadas que recebeu na cabeça.
De acordo com o boletim de ocorrência, após o término das aulas, o menor estava indo para casa quando foi perseguido por outros adolescentes. Em determinado momento a vítima foi cercada e passou a receber vários golpes e agressões verbais. Mesmo tentando conversar e se defender, o menor precisou se abrigar em um imóvel próximo.
A vítima contou a polícia que as agressões foram motivadas por ele ter dado uma blusa de presente a um amigo da sala. A ação não teria sido “bem vista pelos agressores, sob a alegação de que a vítima estaria gostando do amigo, e este já tem namorada”.
Depois do caso, o menor agredido não compareceu mais à escola por medo. A mãe alega que procurou a direção da unidade, mas foi informada de que como o caso foi fora das dependências na escola nada poderia ser feito. “A escola disse não ter relação com o assunto pois não viram o fato, apenas ficaram sabendo pelos outros alunos. A briga foi do lado de fora mas a convivência deles é dentro da unidade. Meu filho se recusa a ir para a escola por medo”, contou.
Por iniciativa própria ela procurou os pais dos agressores, e dois deles não aceitaram a conduta dos seus filhos. “Eles pediram desculpas pelo ocorrido e fizeram os dois alunos pedir desculpas”, disse a mãe.
Em nota Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) informou que repudia todo e qualquer ato violento dentro ou fora das escolas. “Assim que tomou ciência do ocorrido, a unidade escolar conversou com os estudantes e os seus responsáveis foram chamados para uma reunião de mediação. A escola intensificará o trabalho de convivência entre todos os estudantes e sobre a utilização consciente das mídias sociais. A unidade também coloca à disposição do estudante, mediante autorização dos responsáveis, o atendimento pelo Programa Psicólogos na Educação. O caso foi inserido na Plataforma do Programa Conviva SP – Placon, que monitora a rotina das escolas da rede estadual.”
Já a Secretaria de Segurança Pública informou que “o caso é investigado pelo 3º Distrito Policial de Jundiaí. Os autores foram identificados e as oitivas dos pais e responsáveis pelos menores estão em andamento visando ao esclarecimento do fato.”