Júri do Caso Juliana é adiado no Fórum de Jundiaí
O juiz do Tribunal do Júri de Jundiaí, Jefferson Barbin Torelli, adiou o julgamento do réu Rogério Botelho Filho, acusado de matar a companheira Juliana Ferraz do Nascimento, de 23 anos. O julgamento ocorreria nesta quinta-feira (02), no Fórum da cidade.
A decisão atende pedido da defesa do réu, que chegou inclusive a pedir desaforamento devido à repercussão que ganhou o caso, e isso poderia influenciar na decisão dos jurados.
O crime ocorreu no dia 5 de dezembro de 2020.
Naquele dia o autor ligou para a Polícia avisando que havia encontrado a mulher morta, no chuveiro, com alguns ferimentos.
A então delegada do Plantão Policial, Renata Yumi Ono, desconfiou da versão do marido e junto com peritos da Polícia Científica, em um trabalho semelhante aos dos CSIs norte-americanos, descobriram a farsa montada pelo autor.
A delegada disse ao “Jornal da Região” na época que o marido espancou e asfixiou a vítima.
Depois simulou que a jovem morreu durante queda no banheiro, tomando banho.
Desconfiança
O delegado Felipe Carbonari, que foi o primeiro a tomar conhecimento do crime, já estava desconfiado de que havia algo de errado e solicitou exames urgentes do Instituto Médico Legal (IML), que comprovaram hematomas típicos de agressões.
Até hoje não se sabe o motivo do crime.
Depois das investigações realizadas pela delegada com a sua equipe, o marido foi preso em pleno velório da esposa, no Parque dos Ipês, pelos policiais Miriã e Omar.
A delegada Renata Yumi Ono disse ao “Jornal da Região” que tinha sido fundamental o trabalho de todos os peritos, inclusive do médico legista que tirou fotos de todas as lesões, novas e antigas no corpo da Juliana.
A família informou ao jornal na época que ela era alegre e sonhadora.