JORNAL DA REGIÃO

JUNDIAÍ E REGIÃO

Tarcísio e Lula estão unidos e mobilizam empresários para ajudar vítimas das chuvas

JOANA CUNHA

(FOLHAPRESS) – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, deve se reunir com empresários na terça-feira (28) no Palácio dos Bandeirantes para discutir formas de participação do setor privado na recuperação da tragédia provocada pelas chuvas no litoral do estado.

Segundo o secretário da Justiça e Cidadania de São Paulo, Fábio Prieto, a parceria dos empresários é uma extensão do movimento que foi costurado entre os governos federal, estadual e a Prefeitura de São Sebastião.

“Queremos mostrar que não é só o setor público que está tendo uma participação importante nessa hora. Conseguimos unir prefeito, governador e o presidente Lula e vamos ampliar isso”, afirma Prieto.

Ele diz ter entrado em contato com João Camargo, que organiza o grupo Esfera Brasil e deve levar alguns de seus membros para o encontro.

A parceria entre Lula e Tarcísio, que vem sendo exaltada por ambos e tratada por políticos de esquerda como símbolo de retomada da normalidade institucional, incomoda aliados do ex-presidente Bolsonaro.

Donos de helicópteros ajudam

CLAYTON CASTELANI

(FOLHAPRESS) – Oito helicópteros particulares pousam (e decolam) o tempo todo no heliponto do Camburi. Trazem mantimentos ao local mais próximo em que é possível chegar via terra na Vila Sahy, onde há o maior número de vítimas dos deslizamentos em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo.

Carros de veranistas e empresários locais ajudam a buscar os produtos. A operação montada por voluntários era, até a manhã desta terça (21), a alternativa possível para abastecer o local.

“Os helicópteros do Exército trazem equipamentos, homens e levam corpos, não trazem comida”, afirma Fernanda Carboneli, advogada da ONG Instituto Verdescola, que tem servido como ponto de apoio.

Diante das circunstâncias, ela mesma acabou se tornando chefe de uma operação de guerra.

“Os turistas que estão saindo de helicóptero estavam atrapalhando aqui, consumindo recursos que são escassos”, disse Fernanda sobre a decisão de embarcar pessoas nos helicópteros que voltariam vazios após deixarem mantimentos no local.

O heliponto citado pertence ao empresário Abílio Diniz. Destino de paulistas endinheirados, a Barra do Sahy, praia mais próxima da vila atingida, estava cheia de turistas para o Carnaval. E muitos decidiram ficar após o temporal, para tentar contribuir de alguma forma com as operações de socorro e resgate.

“Eu ‘limpei’ minha casa, não tem mais nem toalha. Tirei duas geladeiras de lá”, disse um dos voluntários.

O Instituto VerdeEscola improvisou também um heliponto em um campo de futebol, mas apenas os seis helicópteros do Exército e da Polícia Militar estão autorizados a pousar ali.

Desde domingo (19), cerca de 1.500 pessoas já receberam alguns tipos de atendimento no Verdescola. Muitos pedem comida. Nos mercados do bairro, prateleiras estão vazias, e os preços do que sobrou estão muito altos, reclamam os moradores.

Cerca de 80 pessoas estão abrigadas no local, e oito médicos fazem atendimento.

 

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