JORNAL DA REGIÃO

JUNDIAÍ E REGIÃO

Delegada Aline destaca a força da Mulher e desafios da carreira policial

Neste mês da Mulher o “Jornal da Região” mostra algumas mulheres que se destacam na área em que atuam. Uma delas é a delegada Aline Nery Bonchristiani, da Central de Polícia Judiciária (CPJ) da Delegacia Seccional de Polícia Civil de Jundiaí. Ela conta um pouco sobre os desafios da profissão em uma carreira que costumeiramente era masculina.

Conte um pouco sobre sua trajetória na Polícia.

Iniciei a carreira há três anos. No primeiro ano realizei o curso de formação na Academia de Polícia. Após a formação assumi a titularidade da Delegacia de Defesa da Mulher de Itatiba e por lá atuei durante um ano. Em maio de 2022 assumi a assistência da Delegacia de Defesa da Mulher em Jundiaí. Nessas duas Delegacias tive grandes aprendizados. Embora as duas delegacias sejam da mesma especialidade, possuem estrutura e demanda bem diferentes. Em cada uma delas pude me desenvolver bastante na carreira. Atualmente assumi a equipe da CPJ, que atende as ocorrências de todo município de Jundiaí apresentadas pela PM, pela GM e pela Polícia Rodoviária, além de responder pelo expediente do 7 DP.

O que te chama mais atenção na carreira de Delegada?

A carreira policial em geral é bastante dinâmica, ora você está sentada na sua sala despachando, relatando, instaurando inquérito, ora você está cumprindo mandado de prisão, de busca etc. Além de ser uma satisfação enorme realizar uma atividade policial e apresentar uma resposta para a sociedade. Uma das coisas que me impulsiona é ver meu trabalho e da minha equipe ser reconhecido, quando bem-feito. E quanto a reconhecimento não me refiro a elogios, mas, por exemplo, a conversão de uma prisão em flagrante em preventiva, uma representação de prisão temporária, prisão preventiva, de busca, de quebra de sigilo, entre outras, deferida. O trabalho é realmente energizante.

Conte um caso ou situação que mexeu muito com você.

Em dois anos de atividade policial posso dizer que foram muitas experiências vividas. Logo no início da carreira, durante um plantão, acompanhei outra Delegada no local de um suicídio e o mais difícil de tudo, para mim, foi dar a notícia à esposa do suicida. Era meu primeiro local. Eu queria desabar ali mesmo quando vi o desespero daquela mulher. Outra situação ocorreu quando estava no plantão da região. Nessa ocasião fui acionada para ir ao local de um incêndio que, a princípio, parecia acidental. No entanto, no local pudemos constatar que se tratava de um crime bárbaro contra uma mulher e que o incêndio havia sido proposital. Esse fato me marcou bastante, uma pela maldade humana, duas por ser meu primeiro local de crime efetivamente.

Quais são os desafios para uma mulher na Polícia?

A carreira policial é historicamente uma carreira masculina e ainda existem barreiras que as mulheres policiais enfrentam. No entanto, o ingresso de mulheres tem sido cada vez mais frequente e isso é motivo de muito orgulho para todas nós. Inclusive, muitas são as colegas e amigas de carreira que considero exemplares na sua atuação e bastante corajosas.

Qual a importância de uma data como essa?

As mulheres historicamente enfrentaram longas batalhas até conquistarem o direito ao voto, melhores salários, além de outros avanços na economia, na política e na sociedade, reduzindo-se gradativamente as desigualdades de gênero. O Dia Internacional da Mulher, assim, é um símbolo dessas batalhas e conquistas alcançadas, bem como das batalhas e conquistas que ainda estão por vir.

Dra. Aline deixa um recado nesse dia da mulher:
Um feliz dia da mulher a todas as mulheres. Lembre-se sempre do quanto você é importante! Seja você seu maior orgulho. Enfrente o mundo por você. Ame-se sempre.

 

 

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