Segundo acusado de matar “Mudinho” se entrega à Polícia
O delegado de Cabreúva, Ruiter Martins da Silva, determinou o recolhimento para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Jundiaí do segundo homem envolvido no assassinato do jovem Matias Ronaldo da Conceição Ferreira, o “Mudinho”, de 25 anos.
O crime ocorreu com crueldade, sendo que a vítima teve o pescoço cortado no dia do homicídio e depois de algum tempo os autores voltaram, para cortar os braços da vítima e verificar se não esqueceram nada no local.
O fato ocorreu no dia 4 de janeiro deste ano em Cabreúva e ganhou repercussão nacional, inclusive na TV.
O primeiro preso chegou a ligar para a Polícia Civil e informou onde estava.
Ele disse ao delegado Rodrigo Lima Leite Carvalhaes, do DP Central de Cabreúva, que houve desentendimento com “Mudinho” por causa de uma moto.
Se entregou com medo de ser morto.
Já o segundo acusado ficou foragido até agora e. se apresentou espontaneamente ao delegado Ruiter Martins da Silva, no Distrito Policial do Jacaré.
“Só aguardamos os laudos finais para mandar o inquérito ao juiz, para começar o processo e marcar Júri. O crime foi muito violento. Pegaram a vítima, prenderam no porta-malas do carro e levaram para um matagal. Lá, cortaram pescoço e enterraram. Depois, voltaram a desenterrar o corpo e cortaram os braços para não dar identificação e foram ver se tinham esquecido celular da vítima no corpo, que pudesse ser rastreado. Enterraram os objetos em outro local. Mas o Canil da Guarda de Jundiaí ajudou achar o corpo”, comentou doutor Ruiter.
Como foi
No dia 4 de janeiro Matias chegou em casa bastante alterado. Ele era deficiente auditivo, mas recebeu apelido de “Mudinho”.
Disse ao seu pai que havia ocorrido uma briga na rua.
Pouco tempo depois pegou o seu carro, um Celta e saiu de casa.
Nunca mais foi visto.
O carro foi encontrado com as portas abertas e as chaves na rua.
O boné dele também estava jogado na rua.
Uma queixa foi feita pela família para a Polícia Civil.
A equipe do delegado Rodrigo iniciou as investigações e colheu informações importantes, com nomes de dois suspeitos. Mas as buscas por Matias não pararam.
Na quarta-feira, dia 11 de Janeiro, com apoio do Canil da Guarda Municipal de Jundiaí, vestimentas de Matias foram apresentadas para os cães farejadores, que iniciaram buscas em matagal da Fazenda São Francisco, no Bananal, na Estrada dos Romeiros.
Foi em uma região de mata fechada que encontraram terra remexida.
Com apoio da Defesa Civil de Cabreúva, a terra foi removida e o corpo do jovem de 25 anos encontrado.
Matias apresentava várias lesões de cortes por facão no corpo, sendo que chegou a ser degolado.
O corpo foi encaminhado para exames no Instituto Médico Legal (IML) de Jundiaí.
A Polícia Científica também acionada para elaborar laudo sobre as circunstâncias em que o corpo foi localizado.
Suspeitos
A partir dos antecedentes do desaparecimento, o delegado Rodrigo Lima Leite Carvalhaes, do DP Central de Cabreúva passou a colher depoimentos de testemunhas e pessoas próximas da vítima e dos suspeitos. Foi a partir daí que pediu à Justiça autorização para prisão de dois suspeitos.
O indivíduo que se entregou primeiro foi recolhido ao Centro de Triagem de Campo Limpo Paulista e depois transferido para o CDP.
Ele disse ao delegado Rodrigo que passou a receber ameaças de morte na rua e quis se entregar para ter segurança a fim de fazer a sua defesa. Ele nega participação no crime.
Canil da Guarda de Jundiaí ajuda localizar vítima de homicídio em Cabreúva