A estação mais fria do ano começou oficialmente nesta terça-feira (21) e os meteorologistas reforçam que até o fim de julho é possível que o Brasil experimente novamente uma onda de frio parecida com a que gelou o país no começo da segunda quinzena de maio.
Especialistas alertam que o início do inverno é motivo de atenção para as doenças respiratórias, já que temperaturas mais baixas favorecem a disseminação dos vírus causadores de infecções como gripe, resfriado e a própria Covid-19. Confinamento, aglomerações e a permanência em espaços fechados e com pouca ventilação facilitam a transmissão dessas doenças, principalmente, em crianças e idosos.
Tanto a gripe quanto o resfriado são causados por diversos tipos de vírus e seus sintomas são bastante semelhantes. A gripe é caracterizada por febre, dores musculares, dor de cabeça, calafrios, diarreia, vômitos, e acometimentos de garganta e o nariz. Já o resfriado apresentam sintomas parecidos, porém de uma forma mais branda. Os sinais dessas enfermidades são muito similares também aos do Coronavírus.
O neonatologista e vice-diretor clínico do Hospital Universitário de Jundiaí, André Prado Grion, explica como proceder diante dos sintomas. “O tempo de duração da febre costuma ser de dois a três dias, a coriza costuma ter duração um pouco maior, sendo que geralmente nos quatro primeiros dias a criança fica mais sintomática, e depois disso a tendência é ir melhorando. Os cuidados a serem instituídos são basicamente deixar a criança o mais confortável possível e evitar o acúmulo de secreção nas vias aéreas, com a higienização destas, proceder com hidratação adequada e o uso de medicamentos sintomáticos para alívio dos sintomas e bem estar da criança. Os pais devem ficar atentos quando ocorre secreção nasal purulenta em grande quantidade associada a dor de cabeça e persistência do quadro febril”.
“Os principais sinais de alarme são febre por mais de três dias, cansaço e prostração na ausência de febre, vômitos que impossibilitam a ingestão de líquidos, bem como sangramento de mucosas, manchas na pele, estes merecem uma atenção especial”, relata a profissional.
Nos casos leves os pais devem procurar as unidades básicas de saúde, UPAs ou pronto atendimentos. O Pronto Socorro do Hospital Universitário deve ser priorizado para casos de maior severidade.